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A torto e a Direito <$BlogRSDURL$>

segunda-feira, maio 31, 2004

Haja limites! 

Bem sei que a dignidade e o bom-senso são qualidades que escasseiam, e não raro inexistem, na classe política, tirando uma ou outra excepção. O que não sabia era que a crítica puramente gratuita, desprovida do mínimo de ética e de conteúdo político, podia ser apetrecho de argumentação da vice-presidente do grupo parlamentar do partido que está, em coligação, no Governo.
Depois de Deus Pinheiro ter acedido, e bem, ao pedido de Sousa Franco de fazer um "pacto de não insulto" nesta campanha e de ter sublinhado, mais uma vez bem, que "características físicas não devem nunca ser chamadas" ao debate político, a Sr.ª Deputada do PSD, Ana Manso, teve este rasgo de eloquência política, completamente descontextualizado e vergonhoso: "À frente da lista do PS temos um homem sem categoria. E não é por lhe faltar alguma coisa em termos físicos".
Se calhar fazia bem à Sr.ª Deputada, em vez da licenciatura em Economia, uma licenciatura em Direito, onde a primeira coisa que se aprende é que, jamais, num debate argumentativo, são permitidos argumentos ad hominem. Critique-se todos os defeitos de Sousa Franco - que não são assim tão poucos -, critique-se os seus tiques de prima-dona, condescendidos por Guterres até à náusea, critique-se a sua (in)habilidade política...mas isto, Sr.ª Deputada?
Mais valia estar calada...pela minha parte, perdeu toda e qualquer credibilidade política e, mais do que isso, humana.
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A brincar... 

...A brincar, a brincar, vão-se dizendo as verdades. Frequentemente digo que aguardo uma bênção de "nosso senhor do totoloto e/ou do joker". Se for agraciado, prometo publicamente por-me a milhas para Espanha, aqui ao lado, onde, ao menos, aturo trafulhices dignas desse qualificativo, e não pequenas manigâncias e tráficos de influências ao estilo Águas de Portugal/Amílcar Theias, Ministério das Finanças e Economia/Carlyle e outras negociatas que tais.
...E onde se pagam impostos, mas cujo benefício é sentido.
Só não prometo calar-me...
...Porque aos alegados professores de uma língua, no mínimo é exigido que a saibam escrever e não criem neologismos ao ritmo de dez a quinze por semana...
...Pobres universidades que atribuem tais licenciaturas e outras tantas pós-graduções.
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Panos quentes nunca mais... 

Já chega. A senhora ministra das Finanças decidiu, ou obedeceu aos ditames político-partidários, aparecer ao lado de João de Deus Pinheiro, julgo que em Belém (Lisboa), numa acção de pré-campanha. Foi recebida em apoteose por um coro de vaias e alguns insultos à mistura. Proferidos, ao que disse a TSF, por uma meia centena de perigosos comunistas, bloquistas e socialistas disfarçados de escu(o)teiros e aprendizes da capoeira. Acho tudo isto muito mal. Significa que o país não merece a ministra que tem. Que, pela arrogância e má educação que tem vindo a patentear (deve ser de família, já que o mano Dias Ferreira tem o mesmo estilo) é uma mais-valia não negligenciável em todo o processo político em curso.
Claro que continuo à espera que a senhora ministra me explique - será que só o fará em sede judicial? - o mistério dos 15 mil euros de champôs, travestidos de mais-valias, tardiamente declarados em sede de IRS APENAS porque o 24Horas deu a notícia... Fiquei também a saber que a declaração patrimonial que a senhora ministra entendeu por bem apresentar ao Tribunal Constitucional - a mesma que tramou Isaltino Morais e cuja obrigatoriedade a senhora ministra deveria contestar, por abusiva - é omissa, para não dizer que foi deliberadamente manipulada. Sem esclarecimentos adicionais, é este o meu entendimento. Mas, claro, como português que sou, não mereço tal ministra...
Aliás, Portugal não a merece... Porque a senhora ministra parece permitir-se dar lições de tudo a toda a gente. Estilo Nuno Rogeiro ou Marcelo Rebelo de Sousa que tudo comentam.

Ter-me-ei enganado. Paulo Macedo, o empregado do eng.º Jardim Gonçalves do BCP, o tal que foi, ou vai, para a Direcção-Geral de Contribuições e Impostos tratar de vidinha, da sua e do seu patrão, está ligado ao PP e não à Nova Democracia do dr. Monteiro, ele mesmo a viver sob a capa protectora da Opus Dei.
O caso do informático do BES ainda está sob investigação. Mas prometo voltar à carga...
...De novo sem paninhos quentes, porque a seriedade parece ser um valor em extinção...
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sábado, maio 29, 2004

Lamento 2 

Não sou e, muito menos, partilho da teoria tão cara alguns, segundo a qual "nunca me engano e raramente tenho dúvidas". Mas aborrece-me solenemente enganar-me quanto ao carácter das pessoas. Concordando ou discordando delas.
Disse-o e repito-o. Sempre tive, apesar das discordâncias de fundo, admiração pela ministra das Finanças. Considerava Manuela Ferreira Leite uma técnica honesta e competente, embora com uma total ausência de sensibilidade ou aptidão políticas. O que, para a função e dadas as ciscunstâncias, não representava obstáculo de maior.
Algumas decisões, umas mais antigas, outras mais recentes vieram entornar o caldo.
Mas o que, em definitivo, me fez mudar de opinião foram as mais recentes nomeações para a Direcção-Geral de Constribuições e Impostos (DGCI). Para mim, não é minimamente importante conhecer qual a filiação ou inclinação políticas do dito senhor, o tal que vai ganhar quase cinco mil contos mensais, mais as gratificações. Importa-me sobretudo saber de onde vem e para onde vai. De onde vem, sei. Vem do Banco Comercial Português que, a exemplo de todos os congéneres a operar cá - excepção feita à Caixa Geral de Depósitos que paga ao Estado todos os impostos devidos e mais alguns dividendos - tem dívidas ao fisco que, paulatinamente, não paga. Mais: em termos laborais, gostava de conhecer quantas coimas liquidou a banca após as sucessivas fiscalizações da Inspecção-Geral do Trabalho.
Para onde vai o dito senhor, só o posso imaginar. Vai tratar de vida para o local de origem, depois de ter tratado da vida do local de origem dentro do Estado.
E já agora: acabei de saber, há algumas horas, que o novo homem-forte do sistema informático da DGCI foi requisitado ao Banco Espírito Santo.
Tudo isto é muito estranho, para não dizer que cheira a esturro à légua.
A tal ponto que o secretário de Estado das Finanças, Vasco Valdez, se viu na obrigação de informar o povoléu que o director-geral se absterá de tomar decisões sempre que, em causa, estiver o BCP ou empresas onde este banco tentacular (como o são todos) possuir participações qualificadas. (e se for uma participação de uma holding sedeada nas ilhas Caimão, Virgens ou outras que tais?)
O que, no universo nacional, significa nada fazer. Porque o BCP está em todas.
E quanto ao mago do sistema informático. Será que, assim e agora, o fisco vai ter acesso directo aos ficheiros da banca?
À mulher de César não basta ser séria, é necessário parecê-lo.
Para já não parece. Vamos lá a ver ser será. Até porque continuo à espera de explicações sobre os 15 mil euros em champôs, disfarçados de mais-valias.
PS: Vital Moreira, goste-se ou não, demonstrou a ilegalidade da nomeação do homem do BCP para a DGCI.
Não haverá mesmo vergonha?
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Lamento 1 

O súbito, embora antecipadamente anunciado, desaparecimento do maçon José Augusto Seabra...
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sexta-feira, maio 28, 2004

Tributo aos portistas... 

Tudo o que havia a dizer sobre a final da Liga dos Campeões, que o FCPorto conquistou, já foi, inclusivamente aqui (e bem), dito...

Como sou da opinião que estas coisas não se exprimem, sentem-se, desafio-vos a ouvirem, relembrarem e emocionarem-se...pois é verdadeiramente arrepiante... Obrigado Porto...POR TUDO!

1.º GOLO

2.º GOLO

3.º GOLO

(cortesia TSF)
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Ainda não foi hoje... 

...Que a dr.ª Ferreira Leite se dignou explicar os 15 mil euros auferidos em champôs...
...nem o insultuoso salário do empregado do BCP nomeado para a DGCI...
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Ressaca... 

...Há muito que não me lembrava de tamanha ressaca. Mas o motivo foi justificado. Na Taça UEFA do ano passado, o calor de Sevilha propiciou a imprescindível eliminação das toxinas. É verdade que durante aquelas quatro horas que estive no Olímpico, só bebi e suei. Quarta-feira passada só bebi e eliminei, uma reduzida quantidade, pela via normal. E como não bebi cerveja, meus amigos, hoje [ontem] foi dia de ressaca. Mesmo provocada pelo Moët&Chandon, antes acolitado por um Quinta da Tapada, sendo que o Cutty Sark também se apresentou ao serviço...
Mas que se lixe. Realmente, até Durão Barroso já compreendeu que o FCP é uma marca que vende. Para um partido que tem um ícone chamado Rui Rio, Durão já terá percebido que este Portugal deprimido e de tanga só se alegra com o futebol. Rio é que anda mesmo com azar. Porque o Boavista, suspeito, só voltará a ser campeão lá para 2020. Recomendo, porém, à Câmara Muncipal do Porto e ao dr. Paulo Morais que investiguem e façam diligentemente publicar toda a história das urbanizações e acessibilidades circundantes ao Bessa...
Quando Rui Rio o fizer, começarei a ter-lhe algum (pouco) respeito.
Já agora, alguém que descubra e divulgue o modo e a razão porque e como este licenciado em Economia abraçou/foi empurrado para a carreira política...
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quinta-feira, maio 27, 2004

Sem título 

PUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
TOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!


Obrigado por me dares auto-estima e
vontade em continuar a dizer que sou
galaico-português.

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Pranto inconsolável 

Tardiamente, acabo de ser informado que Marco António Costa [quem é que se pode chamar assim?] não será recandidato à distrital do Porto do PSD. Por favor, MAC, certamente doutor, professor ou outro título académico que lhe aprouver utilizar, não desista...
Já agora! Que tacho lhe foi proposto?...
...Estou inconsolável...
PS: Será que leva consigo o dr. Manuel Moreira, insigne governador civil do Porto?...
...e mais alguns/algumas distinto(a)s comissário(a)s político(a)s de créditos públicos reconhecidos? ("pranto inconsolável") ou (aplausos) sic.
[mais um "private joke in a public matter"]
PS: O meu Amigo HVD é capaz de ter razão. Se calhar ando mesmo a "esticar-me". Mesmo assim, dá-me muito prazer e esta será, possivelmente, uma das formas de suportar a arrogância da incultura, da incompetência e do servilismo...
...e mais não digo.
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Obrigado por tudo 

Em duas épocas, José Mourinho elevou o meu FCPorto a limites galácticos. Se o azul-e-branco correspondesse à alvura da Siemens madrilena ou ao vermelho da Vodafone de Manchester, nada disto seria inesperado. Qualquer um dos emblemas tem por hábito vencer todas as competições em que se envolve. Nós, não. Periféricos, em termos europeus, parolos e nortenhos no âmbito nacional, cá vamos gravitando em torno de élites pouco acolhedoras. A verdade é que, em dois anos apenas, já cá cantam dois campeonatos nacionais, um "campeonato da taça" (neologismo inventado pelo Sport Lisboa e Benfica), uma Taça UEFA e uma Liga dos Campeões.
Com esta, fechou-se um ciclo. O de José Mourinho. Espero que seja tão feliz no futuro como, julgo, o foi no Porto. Sai pela porta grande. Não pela pequena, como vaticinou aquele "tavares teles" que gravita em torno de tudo e todos que eventualmente lhe possam pagar os copos, mas pelo acesso principal, o da honra e glória. Certamente que, com ele, sairão alguns dos artistas. Desejo-lhes tantas glórias e felicidades como aquelas que me proporcionaram até hoje.
Obrigado por tudo...
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quarta-feira, maio 26, 2004

SMS 

Se há coisa que me irrita é visitar uma página qualquer da internet e ser bombardeado com os mais incríveis convites ou publicidade. De cada vez que vou ao blog do Filinto, lá me perguntam se eu quero a "green card". Desde já digo que não. Aliás, antes de ir às terras de Bush, ainda hei-de aterrar na Terra do Fogo...

Dados do INE revelam que as nomeações para altos cargos na Função Pública disparam nos últimos dois anos. Ainda bem que houve, há e certamente continuará a haver mais jobs for the boys. Convinha é que as mentiras, perdão, as "faltas à verdade" fossem evitadas.

Continuo à espera que a dr.ª Ferreira Leite me explique o cumprimento tardio e a destempo das suas obrigações fiscais... (estou disposto a aguardar até à próxima vitória do Sporting na Taça UEFA, ou do Benfica na Liga dos Campeões)

...Estou que nem posso. Até mais logo à noitinha...




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Nervoso miudinho 

Estou confiante. Mas com um nervoso miudinho que não sei de onde vem. Para onde irá, isso imagino. Mais propriamente, estou em pulgas. Não sei se o meu FCPorto está suficientemente concentrado. Admito que sim. Mas lembro-me de Sevilha, quando muitos diziam que aquilo seriam favas contadas e afinal penamos até ao fim. Claro que perdemos o Costinha logo no início. Agora espero que a cena se não repita, temos Derlei em ascensão, Deco outra vez Deco, Carlos Alberto no banco - por mim só entra se for para chatear os monegascos, arranjar-lhes uns amarelos e sacar umas faltas à entrada da área. E, para espanto meu, dou-me a desejar que a última substituição operada por Mourinho seja para entrada de Secretário, já em tempo (avançado) de descontos. Mas não sei. Estou confiante, mas mesmo assim, não sei. Será difícil, como todas as finais. Se ganharmos... lá se vai o Moët&Chandon. Se perdermos, com um bocado de sorte, vai na mesma... É tudo uma questão de moer, o mais agradavelmente possível, o nervoso miudinho.
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terça-feira, maio 25, 2004

Há... 

Do que fui lembrar agora. Foi mesmo há trinta anos?...
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Curiosidades III 

A História repete-se. Já há recados e avisos quanto a possíveis/alegados/presumidos e, eventualmente, admissíveis títulos. A falta de vergonha não tem limites. (aplausos) Em nome de um positivismo imbecil e destruidor. A História vivida dá-me razão. O comissariado político é uma carreira em ascensão. Que, aliado à incompetência e falta de vergonha, compõe o ramalhete...
...Não quero mesmo mais disto.
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Curiosidades II 

Querem ver que os lagartos ainda vão à terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões e o FCP leva a Taça de Portugal, troféu que mora na Luz com o título de "campeões da taça", designação que conseguiu confundir, por endémico desconhecimento e ignorância, o canal Eurosport?
Felizmente que o Luís Filipe Vieira jurou, em directo na SIC-Notícias e frente ao distinto causídico que se esqueceu de declarar, em nome de quatro irmãos, 60 (SESSENTA) mil euros de mais-valias pela venda de champôs, shampoos, e encravou a dr.ª Ferreira Leite, que ninguém retiraria o troféu da sala bolorenta do seu clube.
É mesmo assim. Agora vai começar realmente o jogo do sistema...

PS: Espero, muito sinceramente, que os répteis, se disso for caso, levem logo com o Real Madrid que, sem o génio de Queirós, mas com o trabalho e competência de Camacho, deverão proporcionar um bom espectáculo.
Já agora: o Alvalade XXI bem poderia acolher Carlos Queirós & Cia...
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Curiosidades I 

Por que razão surgem tão poucos comentários quando escrevo sobre o fisco? Mai-la dr.ª Ferreira Leite e os 15 (QUINZE) mil euros em champô? Será que, se tivesse falado em shampoo, algo se alteraria?
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segunda-feira, maio 24, 2004

Sem diferenças 

O que se passa no Iraque, mais precisamente nos vários presídios geridos pelas forças da coligação - já verificaram como o amigo Blair tem vindo a sacudir a água do capote? -, bem como em Guantanamo é repugnante. Em nome de quê ou de quem, pode um europeu assobiar e olhar para o outro lado perante tantos e tantos exemplos de selvajaria? Por muito menos, Garzón accionou mandados de captura internacionais.
Sharon, juntamente com o débil mental que ocupa a Casa Branca prossegue uma política digna de Goering, Goebbels e Adolfo. Haverá algumas diferenças?
Não as encontro...
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3 e fim 

Caiu o pano sobre o congresso do PSD. Três notas apenas. Durão acha que nos Açores não há realmente liberdade de expressão. E na Madeira, chefiada por um cacique, um régulo de apelido Jardim, um boçal único no panorama político-partidário nacional? E por cá? O que pensa o dr. Barroso? Ou será que acha que os artigos de opinião semanalmente publicados pelo ícone da independência, de nome Luís Delgado, no DN, do grupo PT, representam qualquer coisa mais que descabelados fretes ao partido que o nomeou para a agência Lusa?
Segunda: o dr. Barroso acha que a oposição é mal educada. E o dr. Guilherme Silva, deputado, líder parlamentar e simultaneamente consultor do régulo insular? Será que come de garfo e faca?
Por último: os comunistas serão responsabilizados por qualquer falha na segurança daquele festival de música do Rio na Lisboa de Santana (quantas reuniões e despachos serão adiados?) e no Euro 2004. Terá ensandecido?
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À dr.ª Ferreira Leite 

Informo V. Ex.ª que na declaração do IRS por mim apresentada não incluí nenhum champô, metido por entre alguns medicamentos. É que não consigo disfarçar, confundir ou esquecer 15 mil euros de champôs num único ano. Considero V. Ex.ª uma mulher e técnica inteligentes. Queira V. Ex.ª retribuir a gentileza e não tentar fazer de mim parvo ou estúpido. Embora no íntimo me considere um pouco dos dois. Pois não é que vou pagar IRS, integrando a (reduzidíssima) minoria dos que o fazem?
Ao invés de me insultar gratuitamente, ainda que só o faça eficazmente quem tem valor para tal, poderia V. Ex.ª explicar-me por que razão nomeou um quadro do BCP, entidade que, como se sabe, cumpre atempadamente todas as obrigações tributárias, para director-geral de Contribuições e Impostos com o mesmo vencimento que o dr. Jardim Gonçalves lhe outorgou?
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Faltas justificadas... 

...Ausente, há dois dias, do blog, eis-me de regresso numa noite de trovoada, intempérie tropical que, a meu ver, surge completamente a despropósito.
...Ausente porque o Minho me chamou e, por razões afectivas, para lá me dirigi, tardiamente, na madrugada de sábado.
Comecemos por glosar o tema EDP, essa fantasmagórica empresa, omnipresente e inimputável. Qualquer reclamação é, e será sempre, sem excepção, considerada injustificada e, portanto, improcedente. Sendo que a EDP é, em termos de distribuição doméstica, uma monopólio, pertença do Estado e gerida sempre pelos dois aparelhos partidários dominantes, PPD-PSD e/ou PS, não há possibilidades de acusar este ou aquele pela incúria reinante. Se está sol, falta a luz. Se chove, falta a luz. Se está frio, calor, se troveja, neva ou há um eclipse, falta a luz. E não é durante cinco, dez, trinta minutos ou uma ou duas horas. É às seis de cada vez e, não raro, às doze horas. É esta a nossa EDP, que ciclicamente anuncia avultados investimentos na melhoria da distribuição, cujos efeitos se traduzem certamente no equipamento dos próximos BMW, Audi ou Mercedes atribuídos aos administradores ciclicamente nomeados ao sabor das competências (traduzo: fidelidades e militâncias) partidárias.
Assim sendo, para alertar esta majestática empresa para o simples facto de NÃO ESTAR A CUMPRIR o serviço contratado, o melhor é munir-se de uma paciência de Job, porque o telefone esgotará a bateria antes de conseguir contactar alguêm que, qual papagaio repetidor, lhe respoderá: "O piquete vai a caminho".
...Tá bem, ó melga!...
...Não será possível eliminar este cancro?
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sexta-feira, maio 21, 2004

Nota oficiosa 

Eis a notícia em causa:
"A ministra de Estado e das Finanças, principal responsável pelo combate à evasão fiscal, esqueceu-se de declarar ao fisco cerca de 15 mil euros em mais-valias na declaração de rendimentos de 2002, tendo corrigido a falha no ano passado.
O gabinete de imprensa do Ministério das Finanças confirmou a falha (...)' 'A Drª Manuela Ferreira Leite fez uma correcção à liquidação do IRS respeitante ao ano de 2002 para antecipar um pagamento', escreve o gabinete do Ministério, ressalvando que a ministra fez a rectificação 'antes de ser notificada pela Administração Fiscal da necessidade de o fazer'. Ou seja, ao notificar o fisco das mais-valias fora do prazo Manuela Ferreira Leite cometeu uma infracção punível pelo Regime Geral de Infracções Tributárias. O advogado Dias Ferreira, irmão da ministra, afirmou que se tratou de "um esquecimento de todos", ou seja, dele próprio, da ministra e dos outros dois irmãos. (...) 'Foi um descuido em que caímos por um misto de desatenção e de desconhecimento', disse o advogado"...

A sério? Já sabia que Durão nos tentava comer por parvos, casos de Isaltino Morais, Cruz Silva, agora Valentim e um outro secretário de Estado ainda em funções. Sem esquecer, é claro, um ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e o seu colega do Ensino Superior...

Por muito menos, na oposição, clamava-se por demissões em cascata. Chegados ao poder, tudo se esquece...

Só não façam de nós parvos, como todo o rebanho que ruma este fim-de-semana a Oliveira de Azeméis em busca de mais uns empregos, benesses e novas oportunidades.

Por falar nisso, o procurador João Guerra, esse mesmo, o da Casa Pia, já mandou dizer que está à procura da melhor oportunidade para mandar prender mais uns políticos e outros tantos mediáticos personagens...

Digam-me, agora, que o poder judicial não tem uma agenda política própria...




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Actualidade perene... 

Gosto, em definitivo, do adjectivo. Como, aliás, do advérbio anteriormente utilizado que não resisto a repetir: concomitantemente.
Assim, concomitantemente (os latinistas que se amanhem), importa reflectir sobre a perene actualidade.
Os combustíveis voltaram ontem a subir de preço. BP, primeiro, Galp horas depois. Salvo algum erro por defeito, esta foi a 14.ª (décima quarta) vez que isso aconteceu desde a alegada e tão propagandeada "liberalização" do mercado. E ainda vamos a meio de Maio, o quinto mês do ano. Nada mal. Principalmente quando Carlos Tavares - que se julga ministro da Economia e que tenta a todo o custo salvar os empregos na Bombardier (ex-Sorefame), quando ignorou tantas outras situações idênticas mas mais longe da capital do Império e de todo o Governo - disse em pleno Parlamento que Portugal tem a sexta gasolina mais barata da União Europeia. A 15 e não a 25. Não haverá limites para a demagogia?

A dr.ª Ferreira Leite "esqueceu-se" de declarar 15 mil euros de mais-valias para efeitos de IRS.

Já a seguir, reproduzirei o lead da notícia difundida pela agência Lusa (única em Portugal), dirigida pelo ícone dos comentadores políticos, certamente ocupado noutras lides mais a norte do distrito de Aveiro (Oliveira de Azeméis), de nome Luís Delgado...
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Latinistas à parte... 

...Quanto ao alemão e ao latim, se tivesse dito línguas seria obrigatória a utilização da maiúscula, estamos entendidos. O André e o Miguel que se entendam que já têm idade para isso. Qualquer um deles já vota e, assim sendo, é imputável, salvo exame psico-psiquiátrico atestando o contrário e aceite por um meretíssimo. (Terei dito algo incorrecto, Miguel?)
Quanto ao linguajar de Sua Majestade, não. O acordo de cavalheiro (gentleman agreement) ou de cavalheiros (gentlemen [gentil homem] agreement) dispensa o possessivo protagonizado por um apóstrofo mai-lo "s". É assim. [Para espanto meu, o dicionário da Porto Editora om-line contradiz-me, mas o Webster dá-me razão. Confio incomparavelmente mais neste último)
Latinistas, actual e futuro homens de Direito (maiúscula obrigatória), tratem de se encontrar na tarde da próxima quarta-feira, aí pelas 17h30, revejam a final de Sevilha - está cá em casa, a gravação pois claro -, de seguida façam o aquecimento, os alongamentos e os estiramentos e oiçam o que o Mourinho tem para voz dizer. Se psicologicamente estiverem ao nível de Old Trafford ou da Corunha, Didier Deschamps poderá festejar a derrota frente à melhor equipa portuguesa dos últimos anos...
...Já volto
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quinta-feira, maio 20, 2004

Regresso perene 

Depois de uma época distante do blog, - pelo menos enquanto participante activo -, decorrente de solicitações inúmeras, particularmente desgastantes: exames, jornal da faculdade, escuteiros, et cetera , eis-me de novo aqui. Não prometo, contudo, recomeçar a ser assíduo participante, pois que esta época ainda não acabou (e se calhar mal começou).

Mourinho...fica ou vai? E se for, será para o Chelsea? "A Bola" noticía hoje, com toda a "certeza", que Mourinho assinará, na semana posterior à final de Gelsenkirchen, um contrato válido por 4 épocas com o Chelsea. "O Jogo", por sua vez, refere que a única "coisa confirmada" que Mourinho tem é a viagem com a família, para o Brasil, no dia 28...No meio de toda esta novela verdadeiramente hollywoodesca, a única e indesmentível certeza que tenho é que Mourinho construiu, em 2 anos, a melhor equipa de sempre - repito, de sempre - do Futebol Clube do Porto, ganhou (falta a Liga dos Campeões...) mais títulos em menor espaço de tempo do que qualquer outro treinador português, conseguiu colocar o Porto a liderar a prestigiada e mediática tabela classificativa da CNN seis semanas consecutivas (pelo menos), eliminou, no seu percurso desportivo, galácticos, monstros sagrados e multi-milionários clubes deste planeta, colocou o nome da equipa, da cidade e do país nas bocas do mundo (até jornais paquistaneses já o entrevistaram...), colocou, em suma, o FCP no tecto do mundo. Quem disser o contrário, está a mentir. Por tudo isto, e independentemente de tudo o que possa acontecer: obrigado, Mourinho!

Israel continua o seu mórbido e repugnável terrorismo de Estado, do qual já aqui falei. 40 é o número provisório de palestinianos mortos em Rafah, desde a mais recente operação de "limpeza" encetada pelo Governo israelita. O governo da nova "América Perigosa" - Sousa Taveres dixit, eu assino por baixo - teve uma réstia de dignidade, no meio de tantos e tão graves atropelos aos mais básicos e elementares direitos humanos, ao abster-se (sim, faltou a dignidade plena, como sempre) pela primeira vez, desde sempre, numa denúncia e reprovação, no Conselho de Segurança da ONU, da morte de civis palestinianos e pedido do fim das demolições de casas na Faixa de Gaza (para os menos informados, jamais o governo americano se absteve ou votou a favor de uma resolução da ONU contra os "amigos" de Israel). Porquê tanta e insistente prepotência, porquê tão flagrante falta de inteligência e senso político, porquê tamanha estupidez, Sr. Bush?

As eleições europeias estão aí à porta, mas a propaganda ainda não abunda, a não ser os manifestos pseudo-intelectuais-que-saem-quase-todos-os-dias-e-além-do-mais-são-profundamente-irritantes-porque-não-trazem-nada-de-novo do Bloco de Esquerda. É pena, pelo menos para sensibilizar o voto dos portugueses, no dia 13 de Junho, que estarão, presumo, nesse domingo, mais virados para a praia do que para a política europeia. É fundamental que o PS, que tem - admito - candidatos bastante credíveis, não teime em fazer das eleições europeias uma válvula de escape para sucessivos ataques ao actual governo da coligação, pois que o objectivo destas eleições não é esse, mas sim outro bem mais produtivo: pugnar pelos mais legítimos interesses do país no seio da U.E. Se continuar essa postura, só ele perde, pelo menos em credibilidade...

Finalmente, uma palavra de apreço à Concordata assinada entre a Santa Sé e o Estado Português, faltando ainda a sua aprovação pela AR e ratificação pelo Presidente da República (e não o contrário, como nos fazia crer ontem um douto jornalista de uma qualquer estação televisa de "não-referência). Para os mais críticos e defensores da igualdade entre as diferentes religiões, duas ou três palavras. Em primeiro lugar, quem parte de premissas erradas, obviamente não pode chegar a conclusões acertadas. Em segundo lugar, é hoje consensualmente aceite na doutrina jurídica que o princípio da igualdade impõe que se trate de modo igual o que é igual e de modo diferente o que é diferente, na medida da diferença, ou seja, este princípio projecta-se fundamentalmente em duas direcções díspares: proibição da discriminação e obrigação da diferença. Não me parece que este princípio tenha sido violado pela nova Concordata, nem que com ela a Igreja Católica goze de mais privilégios do que as outras Igrejas no Estado português que é, constitucionalmente, um Estado assumidamente laico. Para os mais alarmistas, a Concordata, do ponto de vista jurídico-constitucional, é apenas um tratado entre a Santa Sé - que constitui a expressão jurídico-internacional da Igreja Católica e que, por gozar de personalidade jurídica internacional, goza também de ius tractuum, i.e., o direito de celebrar tratados - e um Estado acerca da situação da Igreja Católica perante este, que é completamente diferente de um mero gentlemen's agreement de concessão de privilégios - aliás, a actual estabeleceu o exactamente oposto: acabou, por exemplo, com a isenção fiscal dos padres no que diz respeito às suas actividades laicas. Além disso, não reconhecer o importante papel desempenhado pela Santa Sé na cena internacional, nomeadamente com o estatuto de observadora e conselheira nas mais altas instâncias internacionais, é querer, deliberadamente, distorcer a História.


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quarta-feira, maio 19, 2004

Regresso ao antigamente 

Os noticiários televisivos de ontem à hora do almoço fizeram-me recuar no tempo. Confesso, aliás, que fui acometido por um ataque de riso, possivelmente fatal, noutro que não tivesse uma compleição atlética como este que (não) se assina, embora surja identificado.
Impante, do alto do seu cargo, Figueiredo Lopes foi apresentar publicamente as novas armas antimotim da GNR. Os canhões de água. Ora porra, esses conheço-os pelo desde o final da década de sessenta do século passado. Aqui, no Porto, havia duas datas sagradas para a saída destes camiões: o 31 de Janeiro, quando um grupo de maduros capitaneado por Virgínia Moura, acolitada por Artur Andrade e Coelho de Magalhães, lá ia mudar a placa toponímica da (então) Rua de Santo António; a outra era o 1.º de Maio. E, menos frequente, quando um ou outro ex-aluno lá ia deitar abaixo a placa do Lideu D. Manuel II para colocar a original, Rodrigues de Freitas.
Ora Figueiredo Lopes, militares [chuva civil não molha militar, dizia-se], comitiva e jornalistas, foram aspergidos pelo canhão de água. Só não levou com o jacto, o primeiro, de molde a conhecer o efeito e a ser varrido do mapa político. Já agora, como era uso em épocas anteriores, com água misturada com anilina (azul), para que a PIDE pudesse mais facilmente prender os eventuais manifestantes.
Quase me esquecia: suspeito que Durão não vai dormir muito bem nas próximas noites. Pois não é que o amigo, inimigo, ex-amigo, ex-inimigo, ex-ódio de estimação, agora "amigo" Pedro Santana Lopes agitou o nome de Marcelo Rebelo de Sousa como candidato a Belém?
Antecipo um grande congresso para aqueles cuja principal tarefa consiste em preparar as massas para um possível empate (em coligação) nas próximas europeias, face aos socialistas que se apresentam sozinhos. Espero que Santana esteja ao melhor nível...
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Ora muito bem 

Anda muita gente na blogosfera. Folgo muito em vê-los por cá. Porém, registo alguns equívocos.
A saber: domingo passado, à tarde, estava simplesmente cansado. Era o meu sétimo dia de trabalho e, vistas bem as coisas, aquilo fatiga. Mesmo que o trabalho não seja excessivo, desgasta.
Passemos assim à bola. Sempre pensei, e esta é a verdade, que a Taça de Portugal é uma competição menor, sobretudo quando, e isso é indesmentível, quem normalmente chega à final, pelo menos por cá, são sempre, ou quase, os ditos grandes. (Com mais alguns jogos nas pernas, menos o Sporting). Julgo que nisto estaremos de acordo. Claro que é (sempre) um troféu, mais um, a juntar ao rol de cada vencedor. Mas daí a transformar uma vitória na taça num campeonato, numa Taça UEFA ou na conquista da Liga dos Campeões, vai um passo de gigante. [Ó Miguel, essa do Campeão da Taça nem o Malheiro se lembraria!...]
Tem razão o Miguel, o Vermelhusco, quando disse que no domingo estava com má cara. É verdade. Mas nada teve a ver com o futebol, que vi a espaços. Ao contrário de Mourinho, não acho que o FCPorto tenha sido derrotado pelo árbitro. Lucílio de seu nome. Batista de apelido. Que nem por isso deixa de ser medíocre. O FCP foi batido porque se deixou enredar e contagiar por um ambiente hostil, enervou-se quem deveria ter permenecido calmo - situação inadmissível numa equipa e em jogadores habituados a arenas bem mais empolgantes e dignificantes que o Estádio Nacional do antigamente - mas, e isso é indesmentível, mesmo com dez jogadores continuou no mesmo ritmo. E, revista a gravação, a jogar incomparavelmente melhor que o adversário vencedor. Encerro aqui a taça para reafirmar que o troféu ficará sempre melhor na Luz que em Alvalade. Mas termino a dizer que o FCP deveria ter ido a Lisboa com a equipa B, principalmente com o guarda-redes. Porque o grande objectivo desportivo, económico e financeiro, do ano foi, é e será, a Liga dos Campeões.
Sendo assim, já despachamos o Secretário, rapaz esforçado mas muito pouco talentoso, falta o Mário Silva e o Nuno Espírito Santo, salvo seja, só mesmo um Membro da Santíssima Trindade poderia fazer de um rapaz daqueles guarda-redes de uma equipa de topo da Liga de Honra...
Já agora: no final da partida, o Miguel, o Vermelhusco, disse que o jogo tinha sido uma m.... [prometi não escrever palavrões, embora não considere merda um dos ditos] e que o único que tinha visto jogar futebol tinha sido o Deco.

Mas enquanto cá estão, já tenho quem insultar.
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terça-feira, maio 18, 2004

Parabéns 

Parabéns: o Benfica levou a Taça de Portugal. Para mim, portista, felizmente que é uma competição menor que, ao fim de longos anos de jejum, lá vai parar à Luz.
A lagartada, pois que alguma, principalmente a rastejante - começo a reflectir se isso não será mesmo uma característica genética - continua a exultar. Têm razão. E mais: recomendo a imediata contratação do brilhante treinador dos galácticos nossos vizinhos que cometeu a proeza da atirar a mais rica, mediática e bem paga equipa do mundo (para já) para o terceiro lugar do campeonato. Diz um, roído de dor-de-corno (a ofensa é propositada) que é o fim de um ciclo. Tem razão: porque o Sporting tem vindo a fazer brilhantes resultados nesta digressão por terras de Bush & Rumsfeld. Com equipas de primeiro plano. Fica aqui e hoje (algures Maio de 2004) a pergunta: mesmo sendo campeão, digam-me quantos pontos fez o Sporting nos últimos dez anos para que Portugal possa subir no ranking europeu?
De novo parabenizo: desta vez li um texto somente com três gralhas e outros tantos erros ortográficos. É uma melhoria...
...E a vergonha, não terá limites?...
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segunda-feira, maio 17, 2004

Excessos 

O meu último post pode ser considerado excessivo. E de mau gosto. Mas não retiro um vírgula ao que disse. É uma ratazana. Invertebrada.
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Agora a sério 

O Benfica ganhou a Taça de Portugal. Parabéns. Ainda bem, porque já metia alguma aflição da crónica invencibilidade do Porto. Claro que as águias foram ajudadas. Não por Lucílio Baptista, mas sim pelos árbitros auxiliares. Jorge Costa, ao que me dizem, foi bem expulso. Fernando Aguiar permaneceu em campo depois de uma agressão sem bola. Muitos viram e a TVI repetiu as imagens à saciedade.
Só não percebo a alegria da lagartada. Será que o Sporting tem alguma coisa a comemorar? Parece-me que nada. Agora, algumas das ratazanas opineiras que, há meses, salivavam elogios ao presidente e desculpas públicas pelas más exibições, exigem a demissão de Dias da Cunha. Claro, pois que o senhor Entreposto até é do PS...
Se Dias da Cunha sair, afastado em definitivo Roquette, será que o funcionário/opineiro da Rua de São Caetano (à Lapa) conseguiu reunir os fundos necessários à sua aventura mediática? Só se for para o próprio bolso, já que a sua profissão, alegada porque desconhecida, não deve dar para pagar alguns (ex)devaneios amorosos-desportivos...
PS: só assim saliva quem muito usa a boca e língua. Não para falar. Tavez para outras actividades lúdicas...
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Private/public joke 

Ele há assentos e acentos. Os primeiros poderão ser simples bancos, cadeiras, cadeirões, tronos, sofás (acentuados) ou, com mais glamour, chaises-longues. Em todos, para nos sentarmos, são precisas nádegas. Assentos, pois claro.
Mas, e o Português é mesmo traiçoeiro, há acentos. Que servem, não como simples adorno fisico, mais ou menos avantajado conforme a compleição física ou a dieta, mas sim como imperativa indicação fonética. Quem isto não sabe, não pode ou deve escrever. Pelo menos em público.
Que me perdoem os poucos indefectíveis deste lugar. É um private/public joke para os meus amigos. Sempre sem açucar, que é mais saudável...
E mais não digo, porque a partir daqui teria que lançar mão de alguns palavrões. Explícitos...
...Se há algo que me irrita é a arrogância do analfabetismo...
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domingo, maio 16, 2004

Sem surpresas... 

...Constato, segundo o «Público», que o Ministério Público suspeita ou, melhor dizendo, suspeitou, que o ex-presidente da TAP, Santos Martins se "aboletou" a quatro milhões e meio de dólares em comissõezinhas pagas pela compra de aparelhos Airbus. O assunto foi amplamente glosado pela imprensa de então, ao tempo de Cavaco como primeiro-ministro, e foi denunciado por Batista Lopes, então agente/representante do gigante europeu da aviação para Portugal. Confesso que, de momento, não recordo com precisão, mas Lopes ou era familiar de Cavaco ou Guterres. A verdade é que as suspeitas atingiram tal limite, que Santos Martins foi pela borda fora. Agora, claro, ficaram apenas os fumos. É outro caso Patuleia. Hernâni, o sexagenário corrompeu. Mas o corrompido nunca foi formalmente acusado.

Por falar em TAP. O presidente da dita, Cardoso e Cunha anda muito calado. Será que alguém o ameaçou com o fim do job?

Valentim não vai ao congresso do PSD para não retirar tempo de antena ao líder. É preciso ter lata... Que ele tem para dar e vender.

Sem surpresas, as gasolineiras que operam e dominam o mercado nacional voltaram a aumentar os preços, justificando-se com a subida das cotações do crude. Porém, nenhuma empresa do ramo compra ramas com menos de seis meses de antecência. São seis e não quatro. Por isso, em boa verdade, o preço de hoje só deveria reflectir-se em Novembro. A Autoridade da Concorrência diz que está tudo bem. Claro, pois quanto mais altos forem os preços, mais o Estado encaixa. Mais uma ajudinha para o défice. Que Berlim, já o avisou, voltará a ignorar.

Finalmente: não sei quem idealizou a táctica eleitoral do PSD que insiste em colar o PS ao Bloco de Esquerda. É um erro clamoroso, Porque, a muito curto prazo, o BE (crescerá certamente mas será sempre residual) vai desaparecer, engolido por um centro-esquerda mais criativo. E depois?

Foi noutros tempos, mas outras formações desapareceram. O que, a muito curto prazo, poderá acontecer, para pena minha, com o CDS-PP de Portas, abrindo caminho à ND de Monteiro. Porque, muito brevemente, o CDS-PP de Portas será obrigado a vergar-se ao PSD pelo peso do aparelho social-democrata, já que aqui convivem duas correntes distintas, os liberais e os sociais-democratas e quando as presidenciais se aproximarem mesmo, quero ver Portas a apoiar Cavaco... Ou Cavaco a aceitar encómios do seu coveiro... (ver «O Independente» original)

...Mas desde que vi um porco a andar de bicicleta...
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sexta-feira, maio 14, 2004

Esclarecimento 

Não foi dia agradável...
E, porque uma uma vez não são (v)me(z)ses, estive a trabalhar...
Até agora.
Logo à noite prometo regressar.
Mas, desde já, recomendo a leitura da dama de espadas.
Imperdível... Se me der na veneta ainda a darei a "postar"...
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quarta-feira, maio 12, 2004

Revelações 

Aproxima-se uma data marcante e com ela algumas revelações. Esclareço desde já que respeito todas as crenças e fés religiosas. Incluindo a minha, católica apostólica romana, por formação e educação. Admiro os crentes, embora distinga a fé da crendice. Enalteço quem acredita, abomino quem quer ver e vender a saga dos milagres. Que me perdoem a racionalidade. Mas milagres, meus caros, só mesmo como São Tomé. Ver para crer. (Porque será que só Roma invoca, explora e vulgariza estes fenómenos?)
Durante décadas, e face a um evidente declínio, Roma sufragou todos os acontecimentos mais bizarros qualificando-os como milagres. Nos últimos anos, a Igreja Católica canonizou e beatificou quantos? A tal ponto que, enquanto crente, se hoje, aqui e agora, quizer saber quantos santos e beatos há, não há internet que me valha. Só mesmo um número muito reduzido de eleitos o saberá. Espero que algum jornal ou suplemento me possa esclarecer esta dúvida. Serão mais de mil? De cinco mil? Quantos, afinal?

Dito isto, passemos a factos terrenos e do quotidiano.

Antevi, ontem, que as notícias económicas seriam más. Só não imaginava quanto. E nunca pensei ver que a agência Lusa se mostrasse tão exímia na manipulação do relatório da OCDE e do comunicado final do Ecofin. Rui Teixeira (RT) que se cuide. Aliás, a julgar pelas palavras avisadas, mas merecedoras de uma sanção da Ordem, do advogado das vítimas da Casa Pia, há (ainda muitos mais) nomes mediáticos a deter. Sendo assim, RT pode vir a escapar. Mas se Bruxelas, o FMI ou se se vier a conhecer neste século o resultado das investigações ao património de Isaltino Morais, do deputado de Aveiro/cacique de Águeda, então RT vai mesmo dentro...

Martins da Cruz falou. Ontem, depois de um almoço na Câmara de Comércio Luso-Alemão. E que disse o senhor embaixador, humilde servo do Estado Português? Que é consultor de vários grupos económicos (por competência própria, risota strictly forbidden) e, nessa qualidade, deu uma/duas/ou muitas opiniões à Carlyle que, como se sabe, integra o grupo Luso Oil de Ângelo Correia. Não sabia que um diplomata de carreira, no activo, podia acumular funções tão incompatíveis como representante diplomático e consultor de empresas, interessadas em negócios de Estado. Nova revelação.

A finalizar: o petróleo cai há dois dias consecutivos em todos os mercados. Será que amanhã, ou hoje, a gasolina vai baixar? Apreciava muito ser esclarecido a 13 de Maio...
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terça-feira, maio 11, 2004

Saudações e lamentos 

Primeiro os lamentos

A tropa-fandanga está parada. Admito que possa ser consequência de uma reflexão/meditação profunda sobre o sistema Koala. Ou consequência de um baptizado. Parabéns aos pais. E ao puto, pois claro...

O regresso-das-farpas anda ausente há décadas. Será que emigrou em definitivo para terras alentejanas.? Não convinha muito. Já perdemos um Pedro para funções oficiais. Que poderão já ter sido interrompidas por uma greve. Isso sim é que são empregos...

Não aprecio particularmente o restyling do filinto. Pronto, gostos não se discutem...

Saudações

Aos regressos do Cão Macho, ocupado noutras lides; do Freddy, envolvido, digo eu, em algo muito bonito; do fastcounter bug, suponho que pseudónimo do tréquebeque; do Miguel, amigo, e...

...Surpresa total. Do amigo, patrono/ideólogo/convidante desta coisa, que se dignou "postar" um mísero comentário. Já sei que anda ocupadíssimo a fechar um jornal; com as frequências/exames; com (queriam/gostavam mesmo de saber?...) E, possivelmente, a negociar as vantagens (físicas e intelectuais) de um meio de transporte 4x4...

Que raio de post. Não demora muito ainda vão inventar a designação de blog-addict...
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Notas de um final de noite 

Acabei de ver, na SIC-Notícias, o programa semanal sobre futebol. Aquela horita em que Dias Ferreira (Leite, por parte da ministra, lagarto por deformação intelectual), Fernando Seara (ao que me dizem professor, benfiquista que lê todas, todas as publicações desportivas sem excepção [sic] e, concomitantemente - que gosto tanto deste adjectivo -, presidente de uma câmara lá para os lados de Lisboa) e, last but not the least, José Guilherme Aguiar, ele também jurista, homem do aparelho futebolístico, helàs, também autarca, discutem futebol. Que coisa fabulosa. Por que será que os dois primeiros tanto se esforçam por afastar Mourinho e alguns jogadores da Torre das Antas?...

Sabem quem é o homem-forte do negócio Carlyle/Galp-Energia, através de um consórcio Luso "qualquer coisa"? A tal privatização transparente em que a Caixa Geral de Depósitos ora aparece como financiadora, business-advisor e, uma simples consultora? Ângelo Correia, por claro. Isto tem mesmo que ser um negócio da China, engendrado por ex-maoístas... Esqueci-me de dizer. "Angelito" aparece como ideólgo do "cluster" de combustíveis nacional, o tal onde o grupo Mello anda de olho em cima. O "conselho de sábios" - risota muito alta é punível por lei -, para além de Catroga leva com João Morais Leitão. Para além de Sapateiro, o do código da CMVM. Que maravilha... Assim, sim... Que negociata de olhos em bico... No more jobs para quem?...

PSI: Pelo andar da carruagem e face a algumas (muitas notícias económicas desgradáveis) sugiro que o juiz Rui Teixeira prepare umas mudas de roupa. Porque, quando tal, ainda vai preso.
PSII: A fábrica de enchidos continua pujante. Estejam atentos aos próximos produtos (sic)... Anunciam-se aromas inovadores.
PSIII: Receando uma derrota histórica, a coligação Forca Portugal (lé se foi outra vez a cedilha), ninguém do principal partido de governo surge com uma voz vitoriosa. A táctica é conhecida e histórica. Desvalorizemos a competição e o adversário para aligeirar a derrota. Ernâni Lopes ainda fuma cachimbo? E qual será o handicap de Deus Pinheiro? Só por causa dos panfletos distribuídos em Fátima...
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segunda-feira, maio 10, 2004

De volta 

Já estou mal disposto. Só de pensar na perspectiva de regressar aos enchidos e a alheias paixões balofas ditadas apenas pela arrogância da incompetência...
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PUAAAAAARTOOOOOOO! 

Mais palavras para quê?
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sábado, maio 08, 2004

Achtung* 

Muita atenção!
O adoçante tem um novo logótipo!
Mesmo que mantenha o erro ortográfico original. Melhor dizendo: o pecado [original] da escrita possível.
* lembro-me disto das inscrições nas antigas fronteiras. Nada sei de alemão... por isso não estou certo da ortografia. Pois claro! Isidoro forever!...
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Como já devem ter reparado... 

...Sou dado a ódios de estimação. Alguns viscerais e, portanto, a roçar a irracionalidade e outros, dada a fundamentação pública e notória, perfeitamente lógicos.
No primeiro caso está, sem sombra de dúvida, Martins da Cruz. No segundo, inclui-se Eduardo Catroga. Um e outro pertencem a épocas distintas mas, hoje, surgem indissiociados. O que os une? Negócios, pois claro. E petrolíferos, pois claro. Do primeiro, pouco mais há a dizer, excepto que ainda hoje estou para descobrir - se alguém me puder ajudar agradecia - como foi, é e será possível ter sido ontem, hoje e, certamente, amanhã um diplomata de carreira. Mistérios desta vida terrena...
Catroga, isso toda a gente o sabe, foi ministro de Cavaco. Digamos que foi mais um depois do único que, em maioria absoluta, o conseguiu ser mas que, hoje, o PSD prefere não mencionar: Miguel Cadilhe. Até porque cometeu o erro crasso de o nomear para a API. Agência Portuguesa para o Investimento que, para cúmulo e por exigência do próprio, ficou sediada no Porto.
Ora bem. Catroga despareceu do mapa mediático. Mas eis que, a partir do momento em que foi nomeado sábio - no processo de entrega da Galp Energia à Carlyle de Martins da Cruz - já fala em público. Onde? Pois claro, na agência Lusa, dirigida por um fervoroso independente, como o ex-chefe de gabinete de Martins da Cruz (Fernando Lima, hoje no DN/ PT Multimédia), chamado Luís Delgado.

Há pouco, chamaram-me a atenção para a (eventual, já que não verifiquei) ausência de Eurico de Melo no jantar dos 30 anos do PSD. Qué passa?

Portitas transporta dirigentes do seu partido em pré-campanha eleitoral no Açores no seu helicóptero da Força Aérea. Julguei que estes tempos já eram história. E quando for à Madeira? Claro que não vai, porque Jardim não deixa e o seu partido, na ilha, tem umas contas a ajustar.

Os panfletos políticos que circulam em Fátima dizem bem dos seus autores. É como aquele inquérito, promovido por aquela associação cristã junto das escolas que deu origem a pedidos de desculpa. Claro que a Igreja Católica nada tem a ver com o caso. Alguns bispos sim...

Falcone, o amigo de José Eduardo dos Santos e, assim sendo, do Governo português passeia-se livremente em Lisboa, apesar de um mandato de captura internacional. A nota oficiosa do executivo, vinda à estampa no «Público», é um monumento à hipocrisia que, há alguns anos, Duráo inaugurou com os acordos de Bicesse. Com amigos destes, dos Santos tem um primeiro exílio assegurado, como o teve Fulgencio Batista, vindo de Cuba, e Jacques Schramme, belga, proprietário de um aviário em Setúbal, fugido para o Sudão em 1974, mercenário com provas (sociais) dadas em quase todas as guerras civis africanas nas décadas de setenta e oitenta do século passado. Se aturamos Schramme, sem contrapartidas, como rejeitar Falcone, que tem tantos amigos por cá e só está ligado ao petróleo? O belga, ao menos, nunca escondeu o que fazia: mercenário...
Falcone é diplomata.

Dizem-me, eu não ouvi, que João de Deus Pinheiro terá dito a Mário Crespo na SIC-Notícias, quinta-feira à noite, que entre 1985 e 1992 Portugal perdeu a grande oportunidade para endireitar as contas públicas. Disse-o e muito bem. Mas quem esteve, então, nos governos? Cavaco Silva, o especialista número 1 na matéria. Deu-nos desenvolvimento, atirou o défice às malvas. Tal como Berlim anunciou ir fazer em 2004. Mas nós, não. De tanga, na miséria absoluta, compramos submarinos para os almirantes verem a fauna marítima, mandamos a GNR para o Iraque, publicamos anúncios e tentamos, através dos centros de emprego, captar mais mancebos para as Forças Armadas, mas cumprimos o défice.
Como já devem ter reparado, aguardo a melhor oportunidade para pedir uma licença sem vencimento a este país. O prazo? Até que o PSD tenha a coragem de disputar eleições sozinho...
...Como já devem ter reparado, em definitivo, este governo não serve. Nem a mim, nem ao país.
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quinta-feira, maio 06, 2004

Transparências 

A economia lusa vai de vento em popa. O nosso ministro da dita disse ontem, no Porto, não estar nada preocupado com as falências nem com os sucessivos encerramentos. Porque, na sua douta opinião, o número de empresas constituídas supera largamente as que desaparecem.
E mais: a culpa disto tudo é dos jornalistas, desatentos, que só relatam os casos negativos. A este ministro, e perante este cenário idílico, mas onírico, sugiro que proponha ao Governo a extinção do IRC - afinal, já só uma meia-dúzia de empresas o paga - e aumentar o IRS dos trabalhadores por conta de outrém. Que também criticou, dizendo que falta iniciativa aos portugueses, já que os apoios estão aí.

Por ser antigo, não vou detalhar aqui o percurso de Joaquim Pina Moura, ex-destacado militante do PCP que chegou a ministro do PS e, agora, se dedica a tratar de vida... Só pedia uma pequena dose de dignidade, para não dizer vergonha na porca da cara...

Por ser mais recente, falarei então da Carlyle, empresa de Frank Carlucci, ex-agente confesso da CIA, ex-embaixador norte-americano em Lisboa. Pois que a Carlyle foi eleita pelo Governo de Durão Barroso como a empresa escolhida para comprar o grosso do capital disponível da Galp Energia. Para assessorar Durão, nesta ciclópica tarefa de disfarçar uma escolha em concurso público, foi engendrado um "conselho de sábios" (Morais Sarmento dixit). O primeiro nomeado para este "concílio" foi, nem mais nem menos, que Eduardo Catroga. "Pela sua competência e independência", diz Morais Sarmento.
Mas vejamos. Na estrutura accionista da Carlyle surge a Sonangol, empresa petrolífera angolana. O que, em bom português, quer dizer: a empresa do senhor presidente José Eduardo dos Santos e respectiva clique. Em Portugal, a Carlyle é representada por sua excelência o embaixador e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Martins da Cruz. Sim, esse mesmo, o que mentiu em público, faltou à verdade no Parlamento e enterrou o seu colega do ensino superior, à conta de uma vergonhosa cunha. Mais: Martins da Cruz, para além das suas funções na Carlyle, é também representante oficial de Portugal além-fronteiras. E, nessa qualidade, foi a Pretoria tratar de vidinha. Sua, que não a nossa que lhe paga o salário e as mordomias. Está explicado o negócio? Ou será que faltam elementos?

O que se passa com a demissões na Direcção-Geral das Contribuições e Impostos? E qual foi a primeiríssima decisão do nóvel titular da função? (ver um capítulo próximo)

O PSD anunciou pomposamente ter convidado Armando Guebuza - sucessor designado pela Frelimo para vencer as próximas "eleições" presidenciais em Moçambique - a visitar Portugal. De Guebuza posso eu falar. Estalinista convicto, superintendeu, juntamente com Jacinto Veloso, a polícia política moçambicana, a famigerada SNASP. Pessoalmente, foi responsável por algumas das mais abjectas purgas, prisões e expulsões de que há memória no país. Não diria que, ao lado dele, Silva Pais fosse um demónio, porque Guebuza (ainda) o é. Aliás, entre a PIDE e a SNASP não havia diferenças. Minto, havia uma: a PIDE não tinha o apoio do aparelho partidário da Frelimo, via Grupos Dinamizadores, bandos de assaltantes de estrada, dignos herdeiros dos piores tempos de Mao. Guebuza representa o que de pior teve, tem e terá a Frelimo. Vem a Portugal, onde será recebido por todos, Sampaio incluído, para ver o que temos para lhe oferecer. Em contrapartida, talvez dê uma ajudinha no contencioso de Cabora Bassa.
Pode ser que algum CDS-PP queira comentar.

Exemplos de transparência...
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quarta-feira, maio 05, 2004

Chega de bola 

Está prometido e será para cumprir. Logo que recupere de uma (espero eu) breve maleita, regresso à má-língua. A torto e direito
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Venham eles... 

...Os monegascos hoje não jogaram nem bem nem mal Antes pelo contrário. Equipa mediana onde brilha Fernando Morientes, o Mónaco afastou o poderoso Chelsea da final da Liga dos Campeões. A primeira parte do jogo foi bonita de ver. A segunda, digna - sem desprimor - do Progresso, que milita, julgo eu, nos distritais. Mourinho foi a Londres ver o jogo e deve ter ficado encantado com a defesa dos adversários. Abria-se para deixar passar os avançados do Chelsea. Assim, sim. Mas a verdade é que o Mónaco tem o ataque mais produtivo da competição. Tenho para mim que se o FCP entrar em campo com a mesma lucidez e garra com que o fez em Old Trafford, frente ao Manchester, ou na Corunha, a Liga já cá canta...
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Liga, copa & champions league 

Secretamente, para não dar azar, que o alho atirado para dentro do campo pelos adeptos do Depor bem poderia ter surtido efeito, sempre esperei que o "meu" FCP pudesse estar na final da Champions League, herdeira directa da Taça dos Campeões Europeus. Entre conversas e um jantar lá vi o jogo. Não de início, mas quase... Até à chegada frente à pantalha televisiva, só ouvi elogios, via TSF. Depois, do que vi, meus caros, foi uma equipa científica, quase cirúrgica. Não consegui, sequer, insultar o Deco. Que, às vezes, tem o condão de me irritar. Vi o Derlei de sempre. Vi um Maniche sedento de golos. Pedro Mendes igual a si mesmo. Costinha ao nível da época passada. Vi Pedro Emanuel, que não aprecio por aí além, jogar como os melhores. Bosingwa, um carregador de pianos. Vi uma dupla de centrais sem erros. Vi uma equipa interpretar e jogar como o treinador disse e planeou.
Até consegui ver um árbitro rigoroso e isento. O que PLC nem sempre consegue ser. Mas, nem o Depor nem o Porto são estrelas que interessem por aí além à UEFA. Tarefa facilitada...
O Deportivo da Corunha, clube galaico-português, jogou o que lhe foi possível e o adversário deixou. Caiu de pé. Por respeito, só lamento que o tenha feito frente ao seu público e a umas tantas "guapas", chorosas que nem "marias-madalenas". Acontecimento espantoso, este futebol. Tenho (quase) a certeza que, finda a partida, houve forte confraternização entre vencedores e vencidos. Como em Sevilha, no ano passado. Onde fui testemunha directa...
Dezassete anos depois, o "meu" FCP vai disputar a taça maior do futebol mundial. Sim, porque futebol é cá, na Europa, este velho continente que mais parece um albergue espanhol, mas é terra de compreensão, de civilização, de direitos e liberdades. Em tempos não muito longínquos, era "bem" dizer-se: sou "cidadão do mundo". Agora, em definitivo, não. Sou Português, galaico-português, também com raízes em Terras de Vera Cruz mas, acima de tudo, sou Europeu. Sempre. E, como sou de Paranhos, Porto, permaneço indefectível adepto do FCP. A Liga já cá canta. Venha a Taça, competição menor mas que abrilhanta sempre a sala dos troféus. Mas o que quero mesmo, é a Liga dos Campeões.
Em 2003, tudo. Neste ano, exijo o pleno. Já sei que alguns dos artífices destas proezas se vão. A vida é assim. E ainda bem para todos. É sinal que o nosso valor é reconhecido noutras paragens. [Para mim não há fronteiras] Mas. já agora, que não desague por cá aquele "professor/doutor/arquitecto" vindo da capital castelhana que tão boa conta tem dado de si no/num dos melhores clubes europeus. Para que não restem dúvidas, falo de Carlos Queiroz. Mas, claro, o FCP sempre se mostrou exímio em descobertas e recuperações...
PS: Mesmo assim, não...
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terça-feira, maio 04, 2004

Blogger, sem blog, mas com vontade 

Neste preciso momento não me é possível consultar o blog. Tentarei escrever às cegas.

Fui à capital do império mas, alertado por agentes nortistas/nortenhos ali emigrados e, portanto, conhecedores da moirama, nem me acerquei da Praça do Município para participar em mais uma manif de desagravo e apoio ao líder único e indiscutido - onde ouvi já isto, dr. José Manuel?... Soube à posteriori que vexa. não compareceu ao encontro porque, vozes amigas, o informaram do deserto que o aguardava. Assim sendo, sei que se deslocou ao Alvalade XXI onde o vi com umas trombas inesquecíveis. Mas muito curiosas...
"No liga, ni copa, ni champions league!".
...Mas antevi o buraco do túnel de Manuel José de Carvalho e Mello, esclareço-o que foi ministro de D. José e, como tal, o dito Marquês de Pombal.
Logo mais à tardinha, estarei na cidade nortenha da Corunha. Onde, em espírito, jogarei a partida que pode ditar a passagem do meu clube à final da Liga dos Campeões, na época imediata à conquista da Taça UEFA.
Bem pode o dr. Bettencurt andar ocupado a conter as invasões de campo, resultado lógico das provocações de dois jogadores adversários, de nomes Argel e Zahovic. Se a moda pega, teremos muitos mais Cantona em Portugal. Já agora: onde pára o famigerado vídeo de Mourinho a rasgar a camisola do padecente de rinite alérgica que dá pelo nome de Rui Jorge?
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sábado, maio 01, 2004

Regresso anunciado 

Tenham calma. Regressarei segunda-feira à noite.
Vou à capital do império ver o túnel do Marquês de Pombal e participar na próxima manif de desagravo a Santana Lopes. Que deve andar ocupadíssimo a saber onde facturar o custo dos anúncios da anterior concentração de quatro (4) maduros à porta dos Paços do Concelho. Prometo, desde já, só ir a Lisboa hoje à noite. Para jantar e beber um copo. (ritorno ao snob/ninho de lagartos e águias, mas é tradição)
Já agora: aqui saúdo o regresso de um dos mais assíduos comentadores e críticos deste blog...
Votos: será que o patrono/ideólogo disto tudo vai reaparecer?
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Promiscuidades... 

Luís Filipe Menezes, o licenciado em Medicina, mas não inscrito na Ordem dos Médicos, ex-homem forte de um certo governador de Macau de boa memória, para quem lá esteve na altura, foi à NTV explicar as eventuais promiscuidades da classe política a que pertence desde sempre. (Já agora, alguém lhe conhece uma actividade fora do aparelho partidário que, agora, parece abominar?)
Menezes, com "z" pois claro, meteu os pés pelas mãos. Aliás, a crónica deficiência de audição deve estar a prejudicar o seu rápido e hábil raciocínio...
...Teve uma grande performance. Não conseguiu justificar, com lógica, nenhuma crítica. Nem sequer quando tentou dizer mal do cabeça de lista do PS às europeias. Haja Deus! Será que a NTV paga a estes opineiros?

Louçã - porra! chato... - lançou ontem um desafio ao primeiro-ministro. Pretendia o deputado do BE explicações sobre o papel de Martins da Cruz - ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, cuja maior qualidade foi ter mentido descaradamente aos portugueses e ter metido com sucesso uma cunha ao seu colega Pedro Lynce -, e o seu maior defeito, a estupidez, no negócio da privatização da Galp. Que, com a ajuda da 100% estatal CGD, vai parar às mãos da Carlyle. Uma "respeitável" empresa de Carlucci & Cia (abreviatura de companhia, embora a confusão/promiscuidade com a Central Intelligence Agency não seja de afastar), cujo consultor/representante é, nem mais nem menos, que o inefável e mantiroso compulsivo Martins da Cruz. Que, para cúmulo, representou o Estado e o País na posse do recém-eleito governo sul-africano. Em que ficamos? Martins da Cruz é, em simultâneo e sem rebuço, consultor da Carlyle no negócio da Petrogal, com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, ou é embaixador e, como tal, funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros?
Promiscuidade? Não. De todo. É certamente um prémio pela competência.
E mais: ontem à noite, na véspera da Europa a 25, na RTP 1, lá estava a inteligentíssima figura a comentar o assunto. Verdade seja dita que o PS mandou Severiano Teixeira. Que fez um figuraço. Pois que conversar com uma parede é, mesmo, fácil...

Voltemos, por um momento, ao jornalismo. A promiscuidade enoja-me...
...Principalmente quando publicamente rejeitada e intimamente aceite. "Vícios privados, públicas virtudes".
Sempre preferi a devassidão à promiscuidade. Uma pode ser intuitiva. Resultado de um momento. A outra é (sempre) planeada...
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